Xenofobia: Sisulu e diplomatas
Xenofobia – A Ministra sul-africana das Relações Exteriores e Cooperação, Lindiwe Sisulu, convidou diplomatas africanos acreditados na África do Sul para uma reunião de emergência para esta segunda-feira para falar sobre ataques contra estrangeiros registados semana passada nas províncias do KwaZulu-Natal (KNZ) e do Limpopo.
Em comunicado de imprensa a que o Correio da manhã em Joanesburgo teve acesso, a chefe da diplomacia sul-africana expressa profunda preocupação sobre a situação e instou forças da lei e ordem para lidarem vigorosamente contra criminosos e aqueles que estão a danificar propriedades alheias.
Nos últimos dias zaragateiros estão a disseminar mensganes ameaçadoras contra estrangeiros, afirmando depois das eleições de Maio próximo vão correr com todos eles, se até lá nao sairem da África do Sul por inicitiva própria.
A ministra acrescentou que o continente africano contribuiu e sacrificou-se muito para a liberdade dos sul-africanos do regime racista e minoritário branco do apartheid.
Para a ministra Sisulu, empresas e cidadãos sul-africanos são bem acolhidos e amados em todo o continente pelo que em casa também devemos fazer o mesmo abraçando nossos vizinhos e companheiros africanos.
Segundo Lindiwe Sisulu, em fóruns internacionais como das Nações Unidas, União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o continente africano, outros países e estados do Mundo olham a África do Sul para liderar.
Disse que a África do Sul foi apoiada pelo continente africano e por outros países para ocupar assento não-permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, por um período de dois anos, sendo que agora o país assume a vice-presidência da União Africana e em 2020 vai assumir a presidência da organização continental.
Para a chefe da diplomacia da África do Sul, essa responsabilidade requer que “devemos acolher e liderar na construção de pontes entre nações e particularmente na região da SADC e no continente”.
No seu comunicado, Lindiwe Sisulu apela todos (os sul-africanos) a levantarem-se e enviar forte mensagem de que a violência, actividades criminosas e pilhagem de propriedades de cidadãos estrangeiros não serão toleradas.
A ministra defende que a Polícia e outras agências da lei e ordem devem agir sem medo nem favor contra criminosos.
O comunicado indica que a reunião de emergência desta segunda-feira visa discutir como é que diplomatas acreditados e governo podem trabalhar para a integração dos estrangeiros nas comunidades.
Entretanto, alguns dirigentes sul-africanos descartam alegações de que os ataques contra estrangeiros têm motivação xenófoba, afirmando que são puramente de natureza criminosa.
THANGANI WA TIYANI, CORRESPONDENTE NA ÁFRICA DO SUL