Zacarias Alberto, comparsa do estuprador Thabo Bester

Zacarias Alberto, comparsa do estuprador Thabo Bester, ambos neutralizados em Arusha, Tanzânia, ainda tem a sua sorte por decidir.

O comandante-geral da polícia sul-africana, General Fannie Masemola, disse que um processo de extradição de Zacarias Alberto, o moçambicano detido semana passada em Arusha, na Tanzânia, na companhia do fugitivo sul-africano, Thabo Bester, e a namorada, só poderá ser iniciado após a conclusão das investigações em curso.

Zacarias Alberto caiu nas mãos da polícia da Tanzaniana quando conduzia a viatura em que seguia o casal Thabo Bester e Nandipha Magudumana, em direcção a fronteira com o Quénia.

Na altura foi atribuído ao moçambicano o papel de “assistente”, sendo por isso que a polícia sul-africana ainda pretende “cavar” mais sobre Zacarias Alberto.

“O caso do cidadão moçambicano ainda está em investigação, para se apurar que tipo de crime ele cometeu na África do Sul. Se assim for vamos dar início a um processo de extradição para o país. É nisto que estamos ocupados, ainda estamos a investigar. Depois de determinarmos o tipo de crimes e deduzimos as acusações, iniciaremos o processo de extradição”, disse Masemola a jornalistas quando se dirigia a audição de uma comissão parlamentar que investiga o assunto.

Thabo Bester e a namorada foram reconduzidos para centros prisionais da África do Sul, após uma equipa multisectorial ter se deslocado a Tanzânia para tratar da sua extradição.

Na verdade, eles foram recambiados, uma vez que na Tanzânia foram considerados como estando ilegalmente.

Thabo Bester, que em 2012 foi condenado a prisão perpétua por estupro, roubo e assassinato, ficou “famoso” por protagonizar uma fuga espectacular da cadeia de Mangaung, em Bloemfontein, no Orange Free State.

Através de plano meticulosamente elaborado e que contou com a colaboração de guardas prisionais e não só, em Maio do ano passado, foi ateado fogo na cela de Bester, onde depois foi encontrado um corpo sem vida e carbonizado.

As primeiras indicações davam conta de que Thabo Bester havia cometido suicídio nas celas de Mangaung. Porém, meses mais tarde as redes sociais exibiram fotos de Thabo Bester a “curtir” em Joanesburgo.

Investigações posteriores concluíram que o corpo encontrado na cela de Bester, na prisão de Mangaung, não era dele e que a causa de morte era, afinal, uma pancada na cabeça. Soube-se também que a namorada de Bester, Nandiphi Magudumana, é que esteve envolvida na “questão do cadáver” encontrado na cela de Thabo Bester. Este era também conhecido como “o estuprador do Facebook”, porque usava esta rede social, para seduzir as suas vítimas.

Thabo Bester viriam a fugir da África do Sul, supostamente com o padrinho de várias pessoas bem colocadas em instituições relevantes, até serem recapturados pela polícia da Tanzânia.

Agora de regresso a África do Sul Thabo Bester está numa cadeia de máxima segurança em Pretória [Kgosi Mampuru II Central Maximum], onde está sob vigia 24 sobre 24 horas.

A namorada de Bester esteve presente no Tribunal de Bloefontein, onde é acusada de colaborar num suicídio simulado e na fuga de Bester, sendo que o caso foi adiado para a próxima segunda-feira (17 de Abril).

Até ao momento foram detidas pelo menos quatro pessoas, incluindo o pai de Naindhi Magudumana, em conexão com a fuga de Thabo Bester das celas de Mangaung.

RAULINA TAIMO, correspondente na África do Sul

https://bit.ly/3Zkww2g

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