A culpa vai morrer solteira?

A culpa vai morrer solteira?  Desde a eclosão do escândalo da dívida contraída no maior dos segredos, por um grupo de cidadãos conhecidos e, que a quiseram soberana, que a economia do país se encontra de rastos. Entretanto a inflação dispara a cada dia e os doadores, há muito que fecharam as suas torneiras, até que se esclareçam as zonas de penumbra em torno dessa dívida.

Aliás, o director do departamento africano do Fundo Monetário Internacional (FMI) é citado pela agência Lusa a informar que sem o esclarecimento dessa colossal dívida não há apoios.

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional exigem que se faça uma auditoria forense internacional as contas públicas do país, com vista a aferir qual foi o destino dado aos cerca de dois biliões de dólares americanos…

Entre portas, soa a resistência soberba por altos dignatários, que vêem na auditoria forense uma intromissão a sua soberania. De que soberania falam ou querem falar se esta reside nos doadores?

Num certo dia o PRG adjunto, Taibo Mucobora, disse que no caso das dívidas escondidas há “…indício de comportamento criminoso. Abuso de cargo e funções e o dinheiro será rastreado por peritos nacionais e internacionais”.

O trilho do dinheiro que comprou algumas armas e barcos (que definham ali no porto de Maputo), em nome da defesa da soberania, só se pode ser encontrado com uma auditoria forense internacional.

Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: A culpa vai morrer solteira?

LUÍS NHACHOTE

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 26 de Abril de 2018, na rubrica semanal DO LADO DA EVIDÊNCIA

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