África é paraíso do diabo

África é paraíso do diabo – O continente africano, com 55 países que incluem a minha aldeia, está à beira de precipício por causa da governação de clever boys.

A pobreza atingiu o limite da capacidade de resistência do ser humano na terra. Africanos perderam esperança e paciência. Muitos dizem que os colonos eram muito melhores que os seus irmãos governantes africanos.

Um prelado angolano diz “ninguém diga nunca mais que o colono nos prejudicou e nos deixou atrasados. Nós tivemos nas nossas mãos oportunidades de ouro para fazermos mais e melhor, e nada”.

A mensagem do prelado prossegue “nos últimos 20 anos Angola teve muito mais dinheiro do que nos 500 anos anteriores.  Até quando, tanta cegueira? ”.

Há mais de um mês circulou outra mensagem atribuída a Marcolino Moco, antigo Primeiro-Ministro de Angola, lamentando o estado precário da democracia em África por causa de governantes africanos que interferem e enfraquecem instituições.

Segundo a mensagem, líderes africanos fragilizam tribunais e comunicação social do sector público para servirem os seus interesses.

Clever boys capturaram Estados africanos. 

Organizações regionais e a comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas, ainda não percebem o jogo dos clever boys.

Quando os povos se revoltam, as organizações respondem como bombeiros em caso de incêndio mesmo provocado.

Tentam apagar as chamas, apelando à calma e ao respeito às leis instituídas em cada país.

No entanto, quando os clever boys abusam o poder e o povo violando as leis, ninguém abre boca para criticar abertamente.

Esquecem que ninguém nasceu para sofrer.

A antiga Suazilândia está a arder. O povo tem estado a reclamar denunciando o Rei todo soberano. Mas ninguém ajuda.

Agora que o povo está saturado, todos correm para pedir paz.

Na África do Sul, quando Jacob Zuma promovia a pilhagem dos recursos públicos através de seus afilhados políticos, a comunidade internacional incluindo a SADC estendia tapete vermelho para o clever boy zulu.

Milhares de sul-africanos ficaram mais pobres na sequência da pilhagem desenfreada dos recursos públicos.

No Zimbabwe, o barulho ensurdecedor contra a governação ruinosa de Robert Mugabe vinha da Europa Ocidental, mas era desdramatizado pela SADC em defensa do veterano político.

Em Angola, o Estado Polícia do Mundo sugava petróleo angolano durante a governação de José Eduardo dos Santos, fazendo vista grossa à roubalheira e enriquecimento da família dos Santos.

O Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) colocara Angola na lista dos piores países do Mundo para se ser criança.

Em Moçambique, a descoberta de reservas de gás na bacia do Rovuma cegou tudo e todos, menos moçambicanos cujas vozes são abafadas pelo ruído dos motores de blindados da Polícia em movimento para reprimir manifestação pacifica contra estatuto especial de mordomias dos funcionários do parlamento e contra raptos dos médicos.

Clever boys capturaram o sector público da comunicação social para reportar hosanas dos chefes sem contraditório popular.

No Sudão, a governação do general Omar al-Bashir afundou o país. A sua destituição ainda não resolveu o problema.

Os militares usaram armas esta semana para afastarem o governo formado por consenso popular. É pobreza. Não vão resolver nada.

Deus zangou-se. Mudou de residência para Estados Unidos da América. O seu único filho, Jesus Cristo, vive na Europa e os discípulos fixaram residência na Ásia.

África é paraíso do Diabo dos clever boys. (África é paraíso do diabo)

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi intitulado “África é paraíso do diabo”, foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 27 de Outubro de 2021, na rubrica de opinião denominado O RANCOR DO POBRE

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