Antendimento na Ethiopian

Eish..eish…esta vergonha foi contada por um amigo jornalista que viajou recentemente para Europa usando linhas aéreas da Etiópia (Ethiopian Airlines), uma das maiores no continente africano com uma frota de 97 aeronaves de médio e de grande porte.

Segundo o meu amigo, de Maputo para Addis-Abeba, capital etíope e sede da União Africana, o voo durou cinco horas sem escala e foi servida uma refeição.

O meu amigo disse que escolheu bife, mas arrependeu-se porque a carne estava rija e o arroz muito seco. Os hospedeiros eram menos simpáticos para com os passageiros. Chegados a Addis-Abeba, o grupo de passageiros em trânsito foi aos escritórios da companhia para reconfirmação dos seus voos e de alojamento prometido na altura da compra de bilhetes.

O processo foi uma autêntica tortura psicológica que durou cerca de três horas e 30 minutos contra os passageiros parados na fila.

O atendimento era muito lento, apesar dos funcionários usarem computadores, esses bichos considerados inteligentes para flexibilizar o processamento de informação.

Segundo o amigo jornalista, alguns passageiros frustrados com respostas negativas de alojamento prometido na partida gritavam contra os funcionários, acusando-lhes de serem ladrões.

Felizmente, o meu amigo foi atribuído alojamento num hotel de cinco estrelas na cidade de Addis-Abeba, mas descansou pouco porque a maior parte do tempo fora desperdiçada na fila.

No dia seguinte prosseguiu a viagem para Europa num outro voo da mesma companhia. A viagem para o destino durou sete horas e foram servidas duas refeições de melhor qualidade do que a servida na rota Maputo-Addis-Abeba. Os hospedeiros eram muito atenciosos para com passageiros. O voo estava cheio de crianças e estudantes universitários da elite africana de regresso das férias para retomarem as aulas na Europa. Conta o meu amigo jornalista que no destino da sua viagem, todo o seu grupo foi atendido em tempo recorde comparativamente com a tortura que tivera na capital africana. Para ele, a companhia aérea etíope mostrou ter menos respeito para africanos em África na rota Maputo-Adis-Abeba em comparação com o tratamento oferecido a passageiros que seguiram a viagem na rota Etiópia-Europa.

O Rancor do Pobre considera que providenciar serviços diferentes para africanos em África e africanos e europeus a caminho do velho continente é uma vergonha que perpetua o sentimento depreciativo contra africanos.

Entretanto, o amigo jornalista disse que vão ser repostas ou já foram colocadas as letras cujo desaparecimento deturpava o sentido das palavras na secção da Migração do lado de chegadas e partidas internacionais no Aeroporto Internacional de Maputo.

Coincidência ou não, o assunto foi abordado recentemente pelo Rancor do Pobre considerando que a situação era vergonha para a imagem do país.

Uma fonte da empresa Aeroportos de Moçambique disse que teve informação de que os gestores daquela firma deram ordens aos seus subordinados para resolverem o problema das letras sumidas das placas o mais rápido possível.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 09 de Maio de 2018, na rubrica semanal  O RANCOR DO POBRE!

Caso esteja interessado em receber regularmente a versão PDF  do jornal Correio da manhã manifeste esse desejo através de um email para corrreiodamanha@tvcabo.co.mz, correiodamanhamoz@tvcabo.co.mz, ou geral@correiodamanhamoz.com.

Também pode ligar para o 84 1404040, 21305326 ou 21305323.

Gratos pela preferência

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *