Nyusi, Dhlakama e Soares

Nyusi, Dhlakama e Soares – Anda por aí uma corrente de alguns entusiastas convencidos em soluções rápidas e musculadas. Talvez não seja o momento nem a opção ideal, já que alguém um dia comentou, sabiamente, que “quem não tem como apagar melhor não acender”.

Já era tempo de se ter aprendido que aventuras militaristas desmioladas não levam a lado nenhum, senão a desgraças. Afinal o poder só é mesmo necessário para fazer o mal, porque para fazer tudo o resto basta o amor e a fraternidade.

Doravante, Moçambique tem um novo marco histórico: 03 de Maio de 2018.

Inevitavelmente, os historiadores e outros interessados em analisar a História de Moçambique excluirão, nos seus anais, o Antes e o Depois 03 de Maio de 2018.

Filipe Jacinto Nyusi, actual Presidente da República de Moçambique
Filipe Jacinto Nyusi, actual Presidente da República de Moçambique

Foi nesta data que Afonso Macacho Marceta Dhlakama, herói para muitos e vilão para outros tantos, deu o seu último suspiro nas verdejantes e gélidas matas que corporizam a região montanhosa de Gorongosa, que peritos militares elencam profusamente a sua importância estratégica no que a actividade castrense tange.

A morte de Dhlakama alimentou debates em tudo quanto é sítio, dentro e fora de Moçambique e nas mais variadas formas e plataformas, cada um à sua maneira. O certo é que o primogénito do régulo de Mangunde mexeu com quase todos.

O que em algum momento me espantou foram alguns comentários de baixa jaez emitidos até por indivíduos que aos fins-de-semana os vemos de Bíblia por baixo do sovaco, numa de que vão à igreja…

Falecido Afonso Dhlakama (1953-2018)
Falecido Afonso Macacho Marceta Dhlakama (1953-2018)

Agora, se Dhlakama tinha a paz ou a guerra no seu bolso, é tempo de nós, os sobrevivos, resgatá-la (paz ou guerra) e dela (paz) usufruirmos e atirarmos à lata do lixo o mau (a guerra). Caso contrário, o problema não é nem era o Afonso nascido em 01 de Janeiro de 1953, mas outro, a identificar e/ou resolver.

Escusado construir novos “inimigos”, muitas das vezes esforço desencadeado por pessoas apenas interessadas em aparecer, como alguns começaram a fazer logo a seguir ao velório mais concorrido jamais testemunhado no Chiveve, apontando os bons e os maus de oratório/postura.

Nos confortemos nas declarações de intenções de prosseguimento na busca da paz ou da sua consolidação e (re) construamos este Moçambique belo e vasto que chega para todos e até para convidados.

No meu entender, Nyusi, o Filipe, é bonito, Dhlakama, o falecido Afonso, era bonito, o Armando Guebuza, o Ossufo Momade, o Joaquim Chissano, a Ivone Soares, o Daviz Simango, todos eles moçambicanos, são bonitos e têm boas ideias. Vamos aproveitá-las todas e chamar à atenção a quem, dentre os vivos, por ventura sair da “linha”, que está a sujar o quadro e se deve corrigir porque todos os moçambicanos são famosos de serem pessoas de bem!

Quem sempre fala/escreve bonito e nunca cometeu falha ou se excedeu que seja o primeiro a apontar os feios da fita e/ou errantes!

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 10 de Maio de 2018, na rubrica semanal  TIKU 15!

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