As redes sociais

Antigamente, a comunicação era deficitária, não existia telefone (fixo nem móvel), jornais nem revistas para consumo aberto, apenas para a classe elevada. Isto acontecia até aos meados do século XVII.

O povo vivia sem televisão, rádio, muito menos encontros diários, apenas existiam os de trocas comerciais. Clamava-se pelo Livro Sagrado com vista a alimentar a sociedade através das suas Escrituras, mas o Homem rezava a todo tempo. Mesmo sem um número elevado de igrejas, a comunidade sabia ser e estar, respeitando a Divindade, porque a casa do Senhor transmitia mensagens para o arrependimento e boas acções para as suas realizações por parte deste. Tem-se dito que se vivia do melhor, mesmo com sedentarismo e nomadismo. Com dificuldades de escrita, o mundo comunicava-se através de cartas enviadas pelas ondas do mar.

O número de escolas era reduzido, não cobrindo todas as classes ou extractos sociais, tudo elitizado para que certos povos não frequentassem do ensino primário à formação superior. Quiseram manter o histórico público à sua regência, mas “nem tudo o que se tem traçado deve ser linear e nem tudo o que se almeja pode ser concretizado, dependendo das circunstâncias da época”.

Era o modus vivendi daqueles tempos, que se tornava pesado, mas o Homem sabia lidar com a realidade para sobreviver melhor.

Hoje, a comunicação está em alta, os encontros físicos são feitos em cafés, bares ou restaurantes, para além de locais escolhidos por cada um; podendo, fazem-se pelas redes sociais. Há a possibilidade de escolher qual destas torna o Homem mais próximo do outro.

As Escrituras Sagradas, o jornal, ficheiros televisivos e demais elementos comunicacionais são baixados da internet para serem lidos a qualquer momento e lugar que desejar. Mas, infelizmente, a humanidade vive momentos cruéis: “agitação, fingimento, traição, brigas e conflitos no seio da sociedade”, para além da compra e manipulação das mentes humanas através de várias ferramentas, incluindo bebidas alcoólicas para o pensamento não evoluir.

É difícil perceber que a escola hoje não só serve como meio de conquista e abertura da mente ao aprendizado, como também torna o Homem cada dia mais crítico, não admitindo o simples para melhor convivência no seio social, mesmo com total simplicidade para o seu ensinamento.

Com o despertar das mentes, no versátil a novas tendências de ser e estar, comparativamente ao pretérito, os tabus, lendas, mitos, duendes, histórias e contos tornaram-se inexistentes, quando foi a forma adoptada para manter viva as boas convivências entre os Homens, tal que se podia pensar em consequências antes da realização de uma determinada acção, que, com o apagar destes elementos ou ferramentas educativas, o respeito à sociedade fica como um simples marco, vigorando desta forma o uso excessivo das palavras, o que se é confundido com “liberdade expressiva”.

As particularidades, qualidades e características das sociedades podem ser feitas de forma aleatória, tal que cada um de nós procura buscar o que bem lhe faz em todas as vertentes, mas não se deve esquecer de certas regras que o jogo da vida nos oferece para boas realizações no nosso quotidiano que, por norma, os actos em referência – “respeito, honestidade, sinceridade, dentre outros elementos” – estão relacionados com aspectos positivos e costumes exclusivos em determinadas pessoas ou grupo.

As Escrituras Sagradas, em (1 Tessalonicenses 5:12-13), dizem-nos que “agora lhes pedimos, irmãos, que tenham consideração para com os que se esforçam no trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham”.

Lembremo-nos, a primavera vai e volta, enquanto a mocidade vai e não vem, precisando cada um reflectir que na mais alta estima o amor ao próximo é fundamental e permite que cada um viva na paz junto ao mundo que o rodeia. Usemos as redes sociais de forma simples para melhor convivência.

CÉSAR NHALIGINGA

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 25 de Outubro de 2023, na rubrica de opinião.

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