Currículo e sistema educacional em Moçambique

A inserção da historicidade moçambicana no currículo educacional deve ser priorizada, por ser necessário o resgate da gênese do estudo das transformações vividas no período colonial, pós-colonial e regime de transição.

A escola é um dos principais espaços de sensibilização e socialização no preparo do Homem de amanhã, sendo local ideal para fornecer as experiências necessárias para uma formação voltada à cidadania.

Desta feita, o currículo educacional deve levar a cabo princípios básicos da sua construção, com vista a desenvolver o processo de ensino-aprendizagem e aspectos culturais e de maior realce do domínio territorial dando espaço a uma criteriosa análise e reflexão sobre a historicidade de um determinado país.

Tem-se dito que o “currículo descreve a contínua forma de divulgação dos factos retratados para o ensinamento e preparação do Homem novo, sendo um conjunto dos vários tipos de aprendizagens exigidas pelo processo de escolarização” e de valores, comportamentos, atitudes, que se adquirem nas vivências quotidianas em comunidades.                                                                                                  

“Cada país tem as suas manifestações culturais, ideológicas, religiosas, dentre outras que no seu todo constituem a sua identidade, a qual deve ser conhecida e aprofundada no processo de ensino e aprendizagem”.

O Homem é caracterizado por diversas realizações, as quais compõem a historicidade de uma determinada região. “Não se constrói a história sem o seu conhecimento, não se faz o presente sem estudo do passado, não se planifica para o futuro sem conhecimento do vivenciado nos períodos colonial, pós-colonial e de transição de geração em geração, perfazendo uma nação”.

O currículo tem a sua mera importância no contexto social, que através dele se pode situar a fase pré-escolar criando-se bases preparatórias para o saber do Homem, implantado o condicionalismo para o seu bem-estar, tal que de época em época se vai desenvolvendo de acordo com as fases e contextos vivenciados na nossa história.

Educar o Homem é criar mecanismos para desenvolver a pátria, preparando o Homem para o amanhã, que, segundo Samora Machel, primeiro Presidente da República Popular de Moçambique, deve “fazer-se da escola uma base para o povo tomar o poder”, o que deixa a perceber a necessidade de evoluir educacionalmente para melhor conhecimento do histórico do seu país em detrimento de outros.

É necessária a promoção das ciências políticas nas escolas como mecanismo para a capacitação do cidadão para que tenha um repertório que lhe permita compreender as nuances dos debates políticos no mundo, tendo capacidade para participar activamente na política, de modo a exercer plenamente a sua cidadania, não devendo se limitar ao gozo de direitos civis, políticos e sociais.

Precisamos de compreender que alguns conteúdos não leccionados a nível das escolas são essenciais para a formação de um cidadão e fazem parte do currículo da educação básica, tal que a sua importância é empoderar e transformar o cidadão a uma realidade vivida no seu país ou mundo inteiro, isto é, “a escola é um dos principais espaços de socialização do jovem”.

CÉSAR NHALIGINGA

Este artigo foi publicado intitulado “Solidariedade social” foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 01 de Fevereiro de 2024, na rubrica OPINIÃO.

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