Há um afugareiro na política

A situação política do país desafia-nos a pensar profundamente de onde viemos e por que as coisas estão assim? Uma frase como esta começando por uma pergunta reforça ainda mais o pensamento lógico de cada cidadão. Os cidadãos são chamados a reflexões para o seu bem. Os cidadãos são convocados à luta ideológica e estabelecimento de um novo modelo de vivência. Somos nós que decidimos e seremos sempre nós! Acredite quem acreditar e discorde quem assim achar que pode.

Houve tempo em que as pessoas pensavam com o estômago. Houve tempo em que as pessoas pensavam com cotovelo. Houve tempo em que as pessoas abandonavam os seus diplomas e priorizavam a covardia e a aprovação de outrem. Houve tempo em que as pessoas não se incomodavam com o nepotismo, a corrupção, o clientelismo, etc. Agora, mais do que preocupação, o assunto virou missão. E a missão deve ser exercida com responsabilidade, dedicação, afinco, alegria, vontade e, sobretudo, com foco.

Quando pensamos na política, vemos apenas a Frelimo, Renamo e MDM e seus respectivos líderes. Nunca nos colocamos no meio deles para salvaguardar os interesses do país e do povo. Se outrora a missão era libertar o Homem e a terra, agora a missão é libertar o país e o povo. Ou seja, a libertação do Homem ainda continua. Porque este Homem, embora pensa que vive, não tem vida nem saúde e é preciso libertá-lo chamando-o à razão.

A política chama-nos. A participação é um dever de todos. Há quem se afasta dela se eximindo das suas responsabilidades. Isso é um erro. Devemos todos fazer parte da política e recusemos a participação no partidarismo político. Os políticos tomam decisões que impactam directamente as nossas vidas, como não participar assim?

Antes, a política era marcada por diversas vozes, porém, agora foi esquartejada por um grupo de indivíduos não bem identificados, que buscam aqueles lugares não para melhorar a vida do povo, mas para fazer da política um jogo de enriquecimento. Fazer da política um covil de bandidos. Fazer da política um quarto do motel onde levam as suas prostitutas para dividirem os seus ganhos ilícitos.

Políticos sem foco têm as suas marcas: perseguem os fazedores de opiniões, combatem o desenvolvimento com acções desumanas como as matanças, intimidações, sequestros, narcotráfico, instituem um governo absoluto, pois não querem vencer com os outros, por isso, o processo eleitoral que deveria ser a expressão máxima da voz do cidadão transforma-se em algo privado e aquele que devia decidir é morto e tratado como nada. 

Há um afugareiro na política. Cabe a nós cidadãos do bem remover esse afugareiro, ditar as regras, estabelecer novo regime, instituir novas modalidades de eleição, varrer os malfeitores, emperrar as suas portas para que paguem o que causaram ao povo. 

Moçambique ainda tem condições para superar os seus desafios e passar por cima de tudo que por muito tempo foi alienado. Há ainda esperança no fundo do túnel. Há uma criança ainda chorando no fundo e ela precisa de ser alimentada. Quem a alimentará? Todos os cidadãos com visões positivas para este país.

Agora, mais do que nunca, deixemos as mentes militarizadas e votemos em programas, visões e comprometimentos. 

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado intitulado “Solidariedade social” foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 31 de Janeiro de 2024, na rubrica OPINIÃO.

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