Dito e feito

Dito e feito – Bem alertámos (Cm N.° 5101, 23 de Junho 2017 – http://www.correiodamanhamoz.com/quo-vadis-dr-zandamela/), neste precioso espaço, que alguém ou algum grupo estaria apostado em “fazer a cama” ao actual governador do Banco de Moçambique (BM), Rogério Zandamela. Não passam dois meses sequer e aí está a evidência. Se quiser admite, se não refute, mas o certo é que o senhor Zanda está fragilizado e perdeu aquela lisura moral com que entrou em cena na praça, ao ponto de ser alcunhado de “Xerife”.

Num ambiente como no que actua, bestialmente lamacento, destoava, e muito, ter uma figura numa posição daquelas com uma reputação imaculada. Era preciso “comprometer para não se armar”.

E, pronto, já está. Zandamela deixou-se precipitar, alegremente, para a sarjeta, e hoje por hoje é justamente questionado por ter claramente violado a Lei de Probidade Pública ao ter decidido sobre uma matéria em que a beneficiária (Kuhanha, sociedade ligada ao BdM, que assumiu controlo do Moza Banco) é presidida por si, segundo deliberação da Comissão Central de Ética Pública.

Imagem de um dos balcões do Banco Moza
Imagem de um dos balcões do Banco Moza

“Se o Senhor Governador do Banco de Moçambique, como titular da entidade pública disciplinadora e supervisora dos bancos comerciais, agiu na plenitude das suas competências, já se torna problemática a situação em que a Kuhanha se propõe a subscrever o capital do Moza Banco, e sede de um processo conduzido pelo servidor público Rogério Zandamela”, aponta a CCEP de Moçambique.

O mesmo organismo salienta ainda que João Figueiredo encontra-se numa situação ilegal como presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, por ter sido circunstancialmente investido de poderes públicos como gestor em nome do Banco de

Moçambique; a administradora do Moza Banco Joana Matsombe está também em conflito de interesse, pelo facto de ter sido nomeada administradora provisória do Moza Banco na altura em que o banco estava a ser intervencionado e pelo facto de ter sido administradora do Banco de Moçambique na altura em que tomou a decisão de intervencionar o Moza.

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF  do jornal Correio da manhã do dia 25 de Agosto de 2017, na rubrica seminal TIKU 15!

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