Jacob Zuma anula especulações e regressa

Depois de muita especulação, o antigo Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, regressou ao país após uma viagem médica que o levou a Rússia.

Muito se especulou, com alguns a considerarem um ensaio de fuga à Justiça, por a viagem de Zuma à Rússia ter coincidido com a decisão do Tribunal Constitucional de rejeitar o pedido dos serviços correcionais de reverter a decisão do Supremo Tribunal de Apelação que dá razão ao Tribunal de Pretória que considera de ilegal a liberdade condicional concedida a Zuma em 2021.

Desde que foi conhencida essa decisão ficou claro que a qualquer momento Jacob Zuma pode regressar aos calabouços para cumprir a totalidade da pena de 12 meses a que fora condenado, por desacatos a ordens judiciais de se qpresentar e testemunhar perante a comissão de inquérito que investigou a captura do Estado durante a sua governação.

Sem indicar quando exactamente Zuma regressou a África do Sul, a Fundação que leva o nome do antigo estadista revelou que “o check-up e as observações médicas correram bem”. A Fundação não avançou a doença que levou Zuma a Rússia, alegando “confidencialidade do médico e do paciente”.

Jacob Zuma, segundo a Fundação, “deseja agradecer a todos os cidadãos e organizações sul-africanas progressistas que lhe enviaram votos e orações durante este período [em que esteve na Rússia]”.

O porta-voz da Fundação, Mzwanele Manyi disse que o regresso de Zuma a África do Sul é para permitir que ele participe, esta sexta-feira (04 de Agosto) no Tribunal Superior de Pietermaritzburg, onde haverá uma sessão sobre o caso particular que o ex-presidente move contra o procurador Billy Downer e a jornalista Karyn Maughan.

Na semana passada, o Ministério da Justiça e Serviços Correcionais solicitou que até 04 de Agosto corrente Jacob Zuma deve argumentar, por escrito, por que não deve ser reencaminhado para as celas para cumprir o que falta dos 15 meses de prisão.

A Fundação Jacob Zuma já tinha dito que, para eles, o seu patrono já cumpriu a pena sentenciada pelo Tribunal Constitucional e, agora, acrescenta que é “muito bizarro” que Zuma tenha que escrever ao director dos serviços correcionais da África do Sul.

Zuma foi preso de Julho de 2021 e em Setembro desse ano beneficiou de uma liberdade condicional por razoes médicas, que afinal é(ra) ilegal.

Em Outubro de 2022 Zuma recebeu, dos serviços correcionais, a indicação de que era um homem livre e que cumprira a pena de 15 meses de cadeia.

RAULINA TAIMO, correspondente na África do Sul

https://rb.gy/3w9z6

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