Mais carga oriunda do Zimbabwe para o porto da Beira

Mais carga oriunda do Zimbabwe para o porto da Beira se perspectiva, após a inauguração, na semana passada, de uma fábrica de processamento de lítio pela Prospect Lithium Zimbabwe, em Goromonzi, a Sudeste da capital do pais vizinho de Moçambique.

Efectivamente, uma empresa mineira chinesa inaugurou formalmente, na quarta-feira (05), uma fábrica de processamento de lítio no Zimbabué, no valor de 300 milhões de dólares norte-americanos, que possui uma das maiores reservas mundiais do metal, numa altura em que a procura aumenta a nível mundial devido à sua utilização em baterias de automóveis eléctricos.

O Zimbabué possui as maiores reservas de lítio em África e, nos últimos anos, tem atraído investidores em minerais para baterias do Canadá, Reino Unido e Austrália, embora a China seja o principal operador.

“A fábrica inaugurada pela Prospect Lithium Zimbabwe, um braço da empresa chinesa Zhejiang Huayou Cobalt, tem capacidade para processar 4,5 milhões de toneladas métricas de lítio de rocha dura em concentrado para exportação por ano”, disse o Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa.

Mnangagwa esteve presente na inauguração oficial da fábrica em Goromonzi, a cerca de 80 quilómetros a Sudeste da capital do Zimbabué, Harare.

Muito entusiasmado, o estadista zimbabweano referiu que “o lítio é o mineral do presente e do futuro… e a adição de valor posicionará o nosso país como um actor emergente e competitivo na cadeia global de valor do lítio”.

Mnangagwa exortou a empresa a “reforçar” os conhecimentos especializados que ajudariam o Zimbabué e outros países da África Austral a “eventualmente” fabricar baterias de lítio e outros componentes localmente.

O lítio é um componente essencial das baterias dos veículos eléctricos.

Para satisfazer a procura, o Zimbabué proibiu no ano passado a exportação de minério de lítio em bruto.

Ao fazê-lo, juntou-se a países como a Indonésia e o Chile, que estão a tentar maximizar o retorno dos depósitos de lítio, cobalto e níquel, exigindo que os mineiros invistam localmente na refinação e transformação antes de poderem exportar.

Trevor Barnard, director-geral adjunto da Prospect Lithium Zimbabwe, afirmou que a empresa pretende começar por processar 450 mil toneladas de concentrado por ano. O concentrado será posteriormente transformado em lítio para baterias fora do Zimbabué.

Redactor

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