O véu rasgou-se

Quando Jesus morre no madeiro, o véu que estava no meio do templo rasgou-se ao meio. As rochas fenderam-se, os sepulcros abriram-se e os corpos dos santos que lá estavam ressuscitaram. 

O véu mostra que todos têm acesso ao Pai. Ninguém pode enganar a ninguém. No domingo (14 de Abril de 2024), o véu rasgou-se. O pai da democracia acabou de urinar no copo que usou há anos se intitulando pai de algo que não é dele. 

Ao perseguir as cabeças pensantes do seu partido, mostra o quão intolerante ele é. Ao permitir que não haja críticas, mostra claramente que não é parte da paternidade democrática. Um verdadeiro pai sempre procura educar os seus filhos com sabedoria e não com exclusão. 

Os que há anos se acharam embondeiros da governação também são um problema neste país. Ou seja, a Renamo e a Frelimo são a mesma coisa. Comem no mesmo prato, brincam no mesmo restaurante e namoram a mesma mulher. 

Beijam a mesma boca, cobrem o mesmo lençol e dão-se escala para dormirem no mesmo quarto. Não podemos continuar a fecundar esperança nesses dois partidos, pois eles são a causa do sofrimento deste povo. São a causa da miséria deste povo. São a raiz dos males deste país.

Enquanto a Renamo declara por estes dias a sua morte iminente, a Frelimo celebra a sua vitória rumo aos 100 anos de (des)governação. 

Agora vejo que o problema não é o povo, são as cabeças duras e gananciosas de alguns líderes. Nós, moçambicanos, estamos à espera do chapa no alto-mar. Talvez nunca chegará. Talvez por meio do milagre chegue. 

Como confiar em pessoas sem plano? Como crer em pessoas gananciosas? Como? Certo ou não, a Frelimo e a Renamo são amigos e enganadores do povo moçambicano. 

O véu rasgou-se, o povo entendeu, o mundo apenas lamenta e a mensagem chegou. Ninguém neste país precisa da Renamo nem da Frelimo. Nós precisamos de moçambicanos que lutem por este país, que mostrem o caminho da propriedade para este povo. 

Precisamos de moçambicanos humanos. Precisamos de homens e mulheres que tenham a causa deste país nas suas mãos. A mentira e a demagogia devem ser esquecidas e passadas para a história. 

Se você quer um Moçambique melhor, lute por ele. Abandone o seu partido e seja moçambicano de Moçambique. Ame o seu país e deixe de lado a sua ideologia partidária. 

Contudo, você decide e determina o andar da sua vida e do seu país. Quem fará crescer este país não são os políticos, mas os moçambicanos comprometidos e irrequietos.

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 17 de Abril de 2024, na rubrica OPINIÃO.

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