RAS: Crime desafia governo

Crime – O Ministro sul-africano da Polícia, Bheki Cele, diz que a África do Sul é uma “ampla zona de guerra” onde 57 pessoas são assassinadas em média por dia por criminosos.

Estes são dados oficiais referentes ao período que vai de 1 de Abril de 2017 a 31 de Março deste ano de 2018 anunciados na semana passada pelo Ministro da Polícia.

Criminosos desafiam as forças de defesa e segurança, tornando a África do Sul um dos países mais violentos do Mundo fora de zonas de guerra clássica como Síria ou Yemen.

Segundo a Comissão Sul-africana dos Direitos Humanos, dos 219 países acompanhados pelo Escritório das Nações Unidas contra Crime e Droga, a África do Sul ocupa o quarto lugar com taxa de assassinatos mais elevada.

Os dados mostram aumento da criminalidade violenta em relação ao período anterior em que 52 pessoas eram mortas em média por dia. Arma de fogo e faca são as mais usadas na prática de assassinatos por criminosos.

As causas da violência de sangue na África do Sul são diversas e ilusivas. A pobreza, desemprego de cerca de nove milhões de jovens e desigualdades sócio-económicas são consideradas as principais motivações e por outro lado aponta-se o legado da resistência contra o regime racista do apartheid.

Alguns sul-africanos acusam imigrantes, sobretudo africanos, de agravarem a criminalidade no país.

Entretanto, em África há países mais pobres com indicadores de criminalidade relativamente mais baixos do que a África do Sul, por sinal o mais desenvolvido no continente.

Quase todos os países africanos foram colónias de potências ocidentais e outros como Angola e Moçambique alcançaram independências através de guerras de libertação e logo depois mergulharem em conflitos armados que violentaram a sociedade.

O Zimbabwe enfrenta profunda crise económica há mais de 10 anos. Cerca de 90 por cento dos jovens em idade de trabalhar estão desempregados, mas nos principais centros urbanos prevalece relativa segurança pública.

Quase todos os países, incluindo a minha aldeia, têm imigrantes de várias partes do Mundo.

As relações entre nativos e imigrantes são relativamente harmoniosas, mas na África do Sul há perseguição e xenofobia e crime de sangue contra nativos e imigrantes nas comunidades desafiando o governo sul-africano perante a comunidade internacional.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 19 de Setembro de 2018 na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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