Terroristas humilham e chacoteiam em Cabo Delgado

Terminado o período Ramadan e sabido que as forças da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) estão de partida, os terroristas multiplicam acções que em algum momento até chegam a roçar ao nível de gozo em algumas zonas de Cabo Delgado, Norte de Moçambique (vide jornal Redactor N° 6795, págs. 1 e 2).

No passado fim-de-semana um grupo de insurgentes disseminaram deliberadamente uma informação segundo a qual atacariam a sede do histórico distrito de Mueda, quando na verdade era para iludir as pessoas.

Porque geralmente quando os terroristas avisam, executam, muitos dos residentes optaram por sair de Mueda e alguns escolheram o costeiro distrito de Palma como destino, tendo em conta o grau de segurança ali montado, reforçado com a presença das tropas do Ruanda e as chamadas “forças locais”.

Justamente no dia em que se celebrava a festa do Eid al Fitr (10 de Abril de 2024) dezenas de insurgentes entraram na ilha de Kifique, em Palma – com uma área de aproximadamente sete quilómetros de cumprimento, desprovida de comunicações telefónicas com a parte continental.

Os bandidos surpreenderam a quase todos, incluindo alguns militares para ali desdobrados, alguns dos quais, segundo fontes do Redactor no local, estavam “felizes” [ébrios], na onda das festividades do Eid al Fitr.

Os mesmos informantes dizem que alguns dos militares neutralizados pelos insurgentes foram torturados e alguns deles depois de terem sido seviciados foram obrigados a carregarem produtos roubados ou comprados nas barracas de Kifique, continuando, alguns dos raptados ainda em parte desconhecida.

Quem testemunhou o movimento dos terroristas em Kifique, onde entraram justamente à hora de makarb [missa das 17 horas] conta que os bandidos exibiam e esbanjaram dinheiro nas barracas locais.

Porque alguns donos das barracas de Kifique saíram da ilha antes da chegada dos terroristas, dizem alguns residentes locais que os jihadistas simplesmente arrombaram as respectivas portas e subtraíram diversos bens do seu interesse e “deixaram bilhetinhos com os seus [dos insurgentes] números de telefone” para que os proprietários, querendo, posteriormente os abordem para liquidar via electrónica os valores correspondentes aos bens retirados na ausência dos respectivos proprietários.

Um outro pescador, disse que seu colega de pesca e por sinal, comprador de polvo, perdeu dezenas de saco de polvo seco (localmente conhecido por pweza), moluscos estes que já estavam embalados e prestes a serem transportados por três dias e três noites, para Pemba Cidade capital da província de Cabo Delgado, a fim de ser comercializado.

“Eles vieram em duas lanchas (barcos a vela) e saíram com três barcos. O terceiro barco, já estava cheio de pweza [polvo]”, frisou nossa fonte para depois precisar que, na noite do dia do Eid al Fitr, simularam partir para a Ilha de Timbuzi, carregados de mantimentos diversos e bebidas várias, incluindo energéticas”, acrescentou o pescador.

O pavor está a aumentar em muitas regiões de Cabo Delgado à medida que até nas zonas consideradas mais remotas chegam informações segundo as quais as tropas da SAMIM estão fora da província até 15 de Julho próximo.

Redactor

https://bitly.ws/3fZbh

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