Violência armada

Violência armada – O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o seu homólogo do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, reuniram-se hoje em Chimoio, na província de Manica, com a violência armada em Moçambique entre os principais temas do encontro.

“Os dois chefes de Estado debruçaram-se sobre a situação de segurança em Cabo Delgado e em partes das províncias de Manica e Sofala, onde grupos terroristas e armados protagonizam ataques, assassinatos e destruição de infraestruturas públicas e privadas”, lê-se numa nota da Presidência de República moçambicana, emitida após o encontro dos dois líderes em Chimoio, na província de Manica, centro de Moçambique.

Em causa estão os ataques armados que provocaram a morte de pelo menos 600 pessoas desde Outubro de 2017 e que organizações internacionais classificam como uma ameaça terrorista em Cabo Delgado, norte de Moçambique, e outras incursões armadas que desde Agosto provocaram 23 óbitos e são atribuídas a dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) nas províncias de Manica e Sofala, centro do país.

Segundo o comunicado da Presidência moçambicana, os dois líderes “condenaram veementemente os ataques”, classificando-os como uma tentativa de “minar os esforços de paz e desenvolvimento em curso”, num encontro em que as partes se faziam acompanhar pelos dois ministros da Defesa dos dois países.

As delegações das duas partes integravam destacadas figuras que cuidam dos pelouros relativos às esferas de defesa e segurança de Moçambique e do Zimbabué.

Além da violência armada no centro e norte de Moçambique, Filipe Nyusi e Emmerson Mnangagwa discutiram o impacto da pandemia da covid-19 nos dois países, avaliando uma possível colaboração através das instituições de saúde e administrativas.

“O encontro serviu, igualmente, para delinear acções conjuntas com vista a impulsionar a cooperação política, económica e social em benefícios dos seus países e povos, bem como fazer face aos desafios comuns que se colocam na actualidade”, lê-se ainda no documento.

Os países partilham cerca de 1.231 quilómetros de extensão fronteiriça, estando o Zimbabué, sem acesso ao mar, entre os principais interessados na segurança nas estradas das províncias moçambicanas de Manica e Sofala para escoar produtos a partir do porto da Beira.

Durante a guerra civil de 16 anos opondo o Governo da Frelimo e os rebeldes da RENAMO o Zimbabué teve destacados em Moçambique milhares de militares que apoiaram os esforços do Governo de Maputo para derrotar militarmente os guerrilheiros então dirigido por Afonso Dhlakama, morto oficialmente vítima de doença em 03 de Maio de 2018 em Gorongosa, Sofala.

 (Correio da manhã de Moçambique)

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