Vodacom Moçambique inova

Vodacom Moçambique A rede de torres de comunicação em balões a elevada altitude, criada no âmbito da empresa-mãe da Google, vai suportar a rede móvel da Vodacom em zonas remotas e afectadas por violência armada no Norte de Moçambique.

“A Loon e a Vodacom assinaram um contrato comercial para começar a servir as províncias de Cabo Delgado e Niassa em Moçambique, duas regiões difíceis de cobrir devido aos desafios colocados pela sua imensa área e logística”, escreveu Alastair Westgarth, director-executivo da Loon, subsidiária da Alphabet, em nota enviada ao Correio da manhã em Maputo.

Em vez de antenas colocadas em torres, no terreno, o sinal de rede que chega aos telemóveis vai passar a ser distribuído por antenas a flutuar em balões na estratosfera, a 20 quilómetros de altitude, cerca do dobro da altitude a que circulam os aviões. 

O anúncio coincide com a destruição de redes móveis num período de confrontos mais intensos entre as forças armadas e grupos classificados como uma ameaça terrorista, que já provocaram, pelo menos, 700 mortos em dois anos e meio e afectaram perto de 200.000 pessoas na faixa costeira de Cabo Delgado.

Sem especificar as causas do corte, a rede estatal Tmcel anunciou há uma semana a reposição da cobertura nalgumas das zonas de conflito, depois de interrupções verificadas desde final de Março.

A Loon disse já ter as autorizações necessárias para colocar os balões a voar sobre Moçambique e para instalar no país as infraestruturas terrestres que vão levar o sinal da Vodacom aos balões.

“Nos próximos meses, vamos continuar a instalar infraestruturas de terra e começar a fazer voos de teste, para que o sistema de navegação autónomo da Loon possa começar a aprender os padrões dos ventos na estratosfera acima de Moçambique”, explicou Alastair Westgarth.

A data de entrada em funcionamento da infraestrutura não é especificada na nota que nos foi enviada nem no blogue da empresa, que também aflora esta matéria.

Na mesma mensagem, o director-executivo da Vodacom Moçambique, Shameel Joosub, referiu que a nova infraestrutura vai ser especialmente útil “face à pandemia da covid-19, em que mais moçambicanos terão acesso a informação de saúde” em zonas remotas onde tem sido difícil fazer chegar a rede móvel.

O sinal vai ter as funcionalidades oferecidas noutros dos principais pontos do país: chamadas telefónicas, SMS, internet 4G e serviços financeiros (mobile money).

A Loon encontra-se a colocar em acção o mesmo tipo de serviço no Quénia.

(Correio da manhã de Moçambique)

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